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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O Diário de Anne Frank

Um dos mais conhecidos livros da historia mundial, O Diário de Anne Frank é uma leitura que nos causa um misto de sensações e sentimentos. 

Ler o relato de uma menina dos 13 aos 15 anos que esta confinada num espaço tão pequeno, junto da sua familia e de mais pessoas para fugir de uma guerra do qual ela não pouco entende e pouco sabe, por vezes é angustiante, é emocionante, é chato, e muitas vezes cansativo. 

Todas as vezes que Anne relatava sobre como era estar ali, presa, sem poder ver a luz do sol pelo lado de fora, só por uma janela, e muitas vezes nem por essa janela, porque não se podia fazer barulho, aparições para  que vizinhos, e outras pessoas não pudessem ver que ali, naquela janela escondida, tinha alguém tentando ver e sentir o que lhe foi impedido. 

Quando ela contava como eles se alimentavam, gracças a ajuda de muitas pessoas ( não tantas assim) mas que algumas pessoas tambem se arriscavam para trazer grãos, enlatados, poucos legumes, leite, ovos ou qualquer tipo de alimento ( que no começo do confinamento era bem mais abundante, e depois bem mais escasso ), dava aquela angústia. 

Ler o relato de uma adolescente tentando se entender, querendo se descobrir fisica, mental e emocionalmente, quando tudo o que os preocupava, seus pais, sua irmã, seus companheiros de moradia, era quando aquilo tudo acabaria pra que todos pudessem voltar à sua vida de novo, pra mim era muitas vezes chato, porque aquela tal fase da adolescência e suas descobertas pra mim já meio maçante de se ler, mas mesmo assim fui encarando pra descobrir o que ia na cabeça dessa menina que se dizia com muita vontade de ser uma boa jornalista, uma boa contadora de historia e quem sabe, que Hollywood um dia à descobrisse. 

Mas, os trechos que mais me faziam sentir aquele aperto no peito, aquela angustia, aquele nó na garganta era quando a menina Anne descrevia o quão injustiçado seu povo foi. Num dos trechos do livro, ela cita uma frase do alemão Rauter, um dos alemães mais importantes nessa terra ( cita Anne )  diz num dos seus discursos ¨Todos os judeus tem que desaparecer, ate 1 de julho, dos países germânicos. Alimpeza será feita ( como se se tratassem de baratas ) na província de Utrecht... ¨ Eu só pensava, como ela se sente lendo isso, como se sente um povo que é julgado, condenado por um ser humano que se acha no direito de dizimar uma população pelo simples gosto de que tem que ser assim. E esse não é o único relato angustiante. Tem vários, que a cada nova leitura, era uma agonia. 

Tem alguns momentos bem bonitinhos tambem, quando ela da seu primeiro beijo no menino que ela tem certeza estar apaixonada. O carinho dela com o pai. As más resoluções entre ela e a mãe, que de maneira nenhuma, na cabeça de Anne são capazes de se entender. 

Eu, como leitora, particularmente gostei mais do Diário de Myriam ( resenhei AQUI ) do que do Diario da Anne, achei menos cansativa a narrativa da tambem doida e triste historia da menina síria que mesmo depois de mais de 70 anos de nascimento entre uma e outra, nada poderia ser mais próximo do que a historia da vida dessas duas meninas. 



Sinopse : www.skoob.com.br 

No auge da Segunda Guerra Mundial uma garota ganha em seu aniversário de 13 anos um caderno de autógrafos. Tinha um fecho, capa dura de tecido xadrez vermelho e branco. O nome da garota era Anne Frank e ela gostava muito de escrever. Por isso, transforma o caderno em um diário. Menos de um mês depois, Anne, a irmã Margot e os pais vão para um esconderijo secreto, onde passam mais de dois anos, com outras quatro pessoas, para não serem enviados para um campo de concentração.

Os nazistas acharam o esconderijo e o grupo não escapou do holocausto. Anne, que era judia, morreu pouco antes de fazer 16 anos. Porém, o diário onde foram narrados os momentos sobre a vida de Anne Frank e as acontecimentos vivenciados no anexo secreto sobreviveu ao tempo. Foi publicado pela primeira vez em 1947 e se tornou um dos livros mais lidos do mundo, traduzido para mais de 60 idiomas.

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Ana Paula