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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Prólogo, Ato, Epílogo - Fernanda Montenegro

É sabido que eu adoro ler Biografias, algumas amo de paixão, algumas gosto, e algumas simplesmente fico satisfeita por ter lido. e Prólogo Ato e Epílogo foi uma dessas, fiquei satisfeita por ter lido. 

Não foi de longe uma Biografia favorita, mas conhecer a historia dessa grande atriz, desde seus avós, vindos da Italia em busca de novas possibilidades pra familia, sa sua historia com o Teatro e do que ela pode contar com 90 anos nunca deve passar em branco, e foi isso que ela fez. 

Pra quem ama e se interessa muito por teatro e toda aquela mágica que envolve espetaculos, bastidores, atores, produtores e o trabalho de por uma companhia inteira em exibição, mesmo lá no começo da vida deles como atores, é interessante, mas confesso que muitas vezes senti um certo tédio porque era um assunto específico demais pro meu interesse. 

Em Prólogo foi a parte que mais me deixou presa à leitura de maneira positiva, porque é quando ela conta toda sua historia com seus antepassados, e eu adoro isso. Quando veio Ato, ai confesso que fiquei um pouco entediada pelo motivo que descrevi acima, E o Epílogo fecha uma boa historia, sim é boa, e as fotos ( que são uma das minhas partes favoritas nas biografias ) são a historia de uma mulher incrivelmente talentosa, cheia de vida e fatos pra nos contar. 



Sinopse : www.skoob.com.br 

No marco de seus noventa anos, as memórias de Fernanda Montenegro trazem o frescor de uma artista eternamente genial.

Em Prólogo, ato, epílogo, Fernanda Montenegro narra suas memórias numa prosa afetiva, cheia de inteligência e sensibilidade. Conhecemos a saga de seus antepassados lavradores portugueses, do lado paterno, e pastores sardos, do lado materno. Lidas hoje, são histórias que podem "parecer um folhetim. Ou uma tragédia" ― gêneros que a atriz domina com maestria.

Na turma de jovens que circulavam pela rádio estava Fernando Torres, que ela reencontrou nos ensaios da peça Alegres canções na montanha, quando começaram a namorar. Fernando largou a Panair, Fernanda largou a Berlitz, e o casal se entregou de corpo e alma à arte, paixão de uma vida. Constituíram uma família e realizaram juntos um sem-número de peças, ao lado dos principais nomes do teatro brasileiro.

Em páginas de grande emoção, ela relembra os desafios de criar os filhos sobrevivendo como artistas; a busca permanente pela qualidade; a persistência combativa durante os anos de chumbo; a capacidade de constante reinvenção; o padecimento de Fernando; o inesperado sucesso internacional nos anos 1990; a crença na terra que acolheu seus antepassados imigrantes e a devoção por esse país.

Fernanda encarna o melhor do Brasil. Não surpreende que alguém que passou a vida memorizando textos tenha desenvolvido notável capacidade de rememorar com sutileza fatos ocorridos décadas atrás. A atriz que há anos encanta multidões em palcos e telas pelo mundo agora se mostra uma contadora de histórias de mão-cheia.

"Não estou romanceando. Tenho quase um século de vida, portanto posso dizer: Era no tempo do rei."

Não se sabe o que mais admirar nela: se a excelência de atriz ou a consciência, que ela amadureceu, do papel do ator no mundo. Ela não se preocupa somente em elevar ao mais alto nível sua arte de representar, mas insiste igualmente em meditar sobre o sentido, a função, a dignidade, a expressão social da condição de ator em qualquer tempo e lugar. ― Carlos Drummond de Andrade

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Ana Paula