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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A Elegância do Ouriço - Muriel Barbery

¨Acho que a gramática é uma via de acesso à beleza. Quando a gente fala, lê ou escreve, sente se fez ou leu uma frase bonita. Somos capazes de reconhecer uma bela construção ou um elo estilo. Mas, quando sabemos gramática temos acesso a outra dimensão da beleza da lingua. Saber gramatica é descasca-la, olhar como ela é feita, vê-la toda nua, de certa forma. E ai que é maravilhoso¨

Esse livro me foi indicado por uma amiga muito querida, e me disse que o livro era maravilhoso, então logo me interessei e fui em busca de saber sobre o que se tratava A Elegância do Ouriço...

Demorei muito mais tempo do que habitualmente demoro pra ler um livro, porque achei ele tão, mas tão chato que se eu conseguisse abandonar um livro teria largado ele antes de chegar na metade. Ai penso, sorte que não consigo, porque, pra mim ele só ficou melhor do meio pra frente. Não que o livro tenha sido péssimo, não foi, mas também não foi o livro 5 estrelas.

Pra minha pouca inteligência achei o livro cheio de muitos mimimis, detestei aquela menina chata. Como assim gente, uma menina de 12 anos falando, pensando e agindo como uma velha vivida e sofrida na vida. Achei forçado demais!. Durante a leitura esqueci que ela tinha 12 anos, parecia aquelas adolescentes introspectivas e chatas de 16, 17 anos que acham que nunca se encaixarão no mundo real, e que ficam inteligentes demais pra esse mundo cão que a gente vive. Não gostei dela. Fiquei com raiva dela aos 12 anos ser tão chata. Se fosse minha filha ( que tem 12 anos ) mandaria ela procurar o que fazer e ir se divertir, ler um gibi e dar risada, porque a menina se preocupa demais com a chatice dos pais, o fato dos pais se importarem só com a irmã mais velha ( claro que isso não é nada bom pra uma criança ). Não sei, criei foi ¨rusga ¨ com Paloma.

¨É uma estranha concepção da vida querer virar adulto, imitando tudo o que há de mais catastrófico na adulteza. Os adolescentes acham que se tornam adultos macaqueando os adultos, que continuam a ser crianças e que fogem diante da vida ¨ 

¨ Um adolescente que brinca de adulto continua a ser, afinal, um adolescente. Imaginar que ficar doidão numa festa e ir para a cama vai te promover a adulto, é o mesmo que acreditar que uma fantasia de índio, faz de voce um índio ¨ 


Me falem se isso é pensamento de uma garota de 12 anos gente. O que ela sabe sobre ser adulta? Não to falando de ela ser velha espiritualmente, e principalmente não to falando que isso esteja errado. è a mais pura verdade, mas o que ela sabe da vida pra escrever e achar isso com tanta propriedade. Então que a autora tivesse feito uma personagem um pouco mais velha, talvez com 18, 20 anos... Sei la, não gostei, apesar de ter amado as frases e achar que seriamos tão mais felizes se tivessemos aprendido isso desde sempre ne. Mas tambem, por outro lado, que graça teria??? rrss

Agora a Renee eu curti, não amei, mas curti. Entendi o porque da introspecção exagerada dela. O mau humor, que mesmo assim não acho que justifique, mas que sua própria vivência e profissão fez dela uma reclusa. Claro que ela também não quis mudar isso ao longo de sua vida. Mas eu entendi e passei a ter mais simpatia por ela.

Agora Kakuro Ozu virou meu herói. Que homem mais fofo, mais meigo, mais inteligente, mais delicado.  Ele é um amor de pessoa. Nenhum elogio seria capaz de expressar o quanto gostei dele.

Agora vou pro final. Que final foi aquele. ???!!! Porque essas autoras fazem isso gente ???!!! Depois que veio o FIM, eu entendi, mas não compreendi. Enfim, apesar da ter sido uma leitura cansativa demais pro meu cérebro e pra minha vida de leitora, ainda assim valeu à pena. Claro que não leria de novo, mas na vida tudo é um aprendizado, então ta valendo .



Sinopse : www.skoob.com.br

À primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o endereço é chique, e os moradores são gente rica e tradicional. Para ingressar no prédio e poder conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será preciso infiltrar um agente ou uma agente ou por que não? duas agentes. É justamente o que faz Muriel Barbery em A "Elegância do Ouriço", seu segundo romance. Para começar, dando voz a Renée, que parece ser a zeladora por excelência: baixota, ranzinza e sempre pronta a bater a porta na cara de alguém. Na verdade, uma observadora refinada, ora terna, ora ácida, e um personagem complexo, que apaga as pegadas para que ninguém adivinhe o que guarda na toca: um amor 
extremado às letras e às artes, sem as nódoas de classe e de esnobismo que mancham o perfil dos seus muitos patrões.