Ler um Clássico nunca é simples, fácil ou rápido. Por mais que a linguagem seja super fluída, de fácil entendimento e sem aquela coisa rebuscada, um clássico é sempre um clássico, com seus temas, suas reflexões e suas frases maravilhosas como em O Sol é Para Todos.
E como caiu no meu gosto total e completamente a leitura de Clássicos, escolhi esse como primeiro do ano de 2022 e eu adorei.
Um livro lançado a tantos anos ( 1960) mas que é tão atual só pode ser necessário ler e conhecer. E ainda vou mais longe... eu acho que os vestibulares, as escolas deveriam incluir esse tipo de leitura como conhecimento pra estudantes no nosso país, são livros necessários para conhecer mais sobre temas tão importantes que a turma de hoje muitas vezes nem sabe o que se trata.
É tão triste ver duas crianças que desde muita cedo entendem que temas como racismo, injustiça social, preconceito já fazem parte da vida delas, mesmo não sendo elas quem sofrem todas essas situações. E, acima de tudo, como seria bom se todos os pais fossem como Atticus. Que cara justo, decente, do bem.
Jem e Scout ( Jean Louise ) Finch são irmãos que vivem na pequena cidade de Maycomb por volta dos anos 30. Cidade pequena, cheia de gente fofoqueira e desocupada, julgadora da vida alheia. Mas tambem cheia de diversão pros irmãos Finch e seu amigo Dill. Eu gostei muito dos meninos, mas Scout é uma menina mais do que incrível, ela é esperta, inteligente, gentil, e quando a gente lê as cenas dela subindo no colo do Atticus, que o tempo todo diz que ela já esta grandinha pra subir no colo dele, mas que nunca nega o pedido, é ainda mais lindinho.
Familias brancas no lado ¨rico¨ da cidade, que se julgam pessoas melhores e mais importantes que familias negras e menos favorecidas, pobres, trabalhadoras que são julgadas constantemente pela cidade toda. è essa a máxima de todo o livro. Atticus é contratado para ser advogado de um desses negros do lado pobre da cidade. À partir dai a vida de Jem e Scout vai sofrendo varias situações que mesmo ambos sendo crianças, não os impede de entender o preconceito e a injustiça para com o outro.
Quando Atticus, Jem e Scout estão conversando sobre a injustiça que Tom sofre( o negro que Atticus está defendendo mesmo comprovado no tribunal que ele é inocente ) é triste e bonito ao mesmo tempo, porque as crianças se sentem indignadas com a situação que o preconceito gera e acarreta.
Agora bonito mesmo é a atitude do recluso vizinho Boo Radley ( ou Arthur como é seu nome verdadeiro ) quando o pior quase acontece com Jem e Scout. Boo é um personagem bem ativo no começo do livro mesmo sem aparecer, porque as 3 crianças esquasquetaram que tinham que tirar o recluso vizinho de dentro de casa. Em vão claro, porque ele não sai nunca, até o incidente.
A atitude final de Scout com Arthur, a delicadeza dela, a empatia me tiraram lágrimas dos olhos. e Atticus sendo mais pai do que nunca quando ele diz pra pequena filha ¨ ... a maior parte das pessoas são assim Scout ( boas ), quando finalmente as conhecemos.¨, é pra se pensar e muito em como sempre temos o hábito de julgar todo mundo à todo momento.
Sinopse : www.skoob.com.br
Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.
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Ana Paula