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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Como Eu era antes de Voce - Jojo Moyes

Madre de Dios, pensem numa desobstrução das vias lacrimais, pois foi exatamente o que aconteceu comigo lendo esse livro. 
Sou chorona por natureza, quem me conhece sabe disso, mas esse livro foi um teste de segura-solta lágrimas.
Uma sinopse e uma capa tão singelas não mostram o real conteúdo desse livro. è uma linda e emocionante historia de sofrimento, luta, conhecimento e que no fim das contas vira amor. De maneira contrária à tudo o que costumamos ler, que onde uma linda historia de amor as vezes se torna um sofrimento pra ter um final feliz. Esse livro vai completamente contra essa máxima. 
Jojo Moyes nos traz a historia de Louise, uma jovem de 27 anos que não tem perspectiva nenhuma sobre seu futuro. Namora o mesmo cara há 7 anos, trabalha num café confortavelmente servindo o que os clientes desejam, mora com um família pequena porém barulhenta, ate que sua vida dá uma volta da qual ela nunca poderia imaginar. 
Ao ver seu patrão fechar o café onde trabalha, ela esta desempregada, sendo arrimo de familia, nada em seu curriculum mostra quais suas habilidades, ate que numa procura por um novo emprego ela se vê diante de uma oportunidade que pode ajudar muito sua vida e a condição de sua familia. 
Apesar de ter um avô que necessita de cuidados especiais devido um derrame que sofreu, Louise ou Lou, não faz a menor ideia do que tem que fazer para seu novo patrão, o jovem Will Traynor, 35 anos, tetraplégico causado por um acidente num dia chuvoso em Londres. 
Contratada pela mãe de Will, Lou se vê mais perdida que cego em tiroteio por não saber nada sobre a condição do paciente. Mas Camilla ( mãe de Will ) deixa muito claro o que será seu trabalho, ser companhia para Will durante o período em que estiver trabalhando, e nunca, nunca deixa-lo sozinho. 
Mas Will odeia sua nova condição física, e odeia mais ainda que todos tomem decisões por ele. Então a chegada de Lou à vida de Will é um verdadeiro martírio, para ambos. 
Só que ela é persistente e coloca na cabeça que vai cumprir com seu contrato de 6 meses e ganhar o que lhe é devido. 
O dia a dia faz com que Will passe a aceita-la melhor a cada dia, ela não esmorece às suas grosserias e ele passa a admira-la por não abaixar a cabeça cada vez que ele a provoca. Ai começam as mudanças. Will a faz se tornar uma pessoa mais interessada, em arte, em boa música, em leituras. E ela o faz ficar cada vez menos no seu ¨casulo¨particular e decide que quer que ele seja menos infeliz. 
Ate que Lou escuta uma conversa da mãe de Will com a irmã, onde o assunto principal é que ele quer ir para uma determinada clínica para morrer. Lou fica chocada, sem nenhuma reação e resolve ir embora e largar o emprego. Mas não será tão facil assim pra ela, e ela resolve que terá como meta fazer com que Will encare a vida de maneira diferente, desejando viver e não morrer. 
Lou faz disso sua batalha diária. Mas a convivência excessiva com ele traz dentro dela um sentimento que ela jamais poderia imaginar. Ao estar com sua familia, em sua casa, com seu namorado, o que ela mais quer é estar junto do patrão, sente falta até mesmo do jeito grosseiro dele e se descobre apaixonada. 
Seu prazo esta se esgotando, ela tem 6 meses para faze-lo mudar de idéia, e então resolve que é hora de fazer uma viagem para ver se ela consegue o que esta lutando pra conseguir, tirar da cabeça dele a ideia da morte. 
Nessa lindíssima viagem ela se declara à ele, conta que sabe dos seus planos, mas que seu amor por ele o pode fazer mudar de ideia. Que o que ela sente pode fazer seus dias melhores e que juntos vão lutas por essa vida com o qual ele não deseja mais participar. 
Pronto aí vem o drama. ... 
Eu nunca poderia imaginar que a autora nos desse esse final de livro, chorei tanto, mas tanto que achei que era eu que estava vivendo o dia a dia de Lou e Will.

*** ¨... — Minha situação não vai melhorar. A chance é piorar cada vez mais e minha vida,
que já é limitada, vai ficar mais ainda. Os médicos disseram. Há várias coisas que estão
me atingindo. Eu percebo. Não quero mais sentir dor, nem ficar enfiado nessa cadeira,
nem depender de ninguém, nem ter medo ...

- Ei, Clark. Conte alguma coisa boa.
Olhei pela janela para o céu azul-claro da Suíça e contei a história de duas pessoas.
Duas pessoas que não deviam se encontrar e que não gostaram muito um do outro
quando se conheceram, mas que descobriram que eram as duas únicas pessoas no
mundo que podiam se entender. Contei as aventuras que tiveram, os lugares onde foram
e as coisas vistas que nunca esperaram ver. Conjurei para ele céus cheios de raios,
mares iridescentes e noites repletas de risos e piadas bobas. Desenhei para ele um
mundo, distante de uma área industrial suíça, um mundo onde ele ainda era, de algum
modo, a pessoa que queria ser. Mostrei o mundo que ele tinha criado para mim, cheio
de encantos e oportunidades. Deixei que soubesse que uma mágoa tinha se curado de
um jeito que ele não podia imaginar, e que só por isso eu estaria para sempre em dívida
com ele. Enquanto eu falava, sabia que aquelas poderiam ser as palavras mais
importantes que diria e que precisavam ser as palavras certas, que não eram
propaganda, uma tentativa de mudar o que ele pensava, mas que respeitavam a decisão
dele.
Contei algo bom.
O tempo seguia lento, parado. Éramos só nós dois, eu murmurando no quarto vazio e
ensolarado. Will não disse muito. Não retrucou, ou fez comentários ácidos ou irônicos.
Às vezes, anuía, murmurava algo, ou emitia um pequeno som que podia ser de
satisfação ou de alguma lembrança boa.
— E esses foram — falei — os melhores seis meses da minha vida.
Fez-se um longo silêncio.
— Engraçado, Clark, os meus também.
Então, meu coração se partiu. Meu rosto se contorceu, perdi o controle, apertei-o
com força e não me importei que ele sentisse meu corpo estremecer com soluços.
Aquilo me sobrecarregou, partiu meu coração, meu estômago, minha cabeça, me
invadiu e não pude aguentar. Achei que, sinceramente, não aguentaria.
— Não chore, Clark — murmurou ele. Senti seus lábios nos meus cabelos. — Por
favor. Não faça isso. Olhe para mim *** 


Eu odiei que tudo terminou assim, sem um final feliz, mas essa historia não tinha outra forma de terminar, mas mesmo que o final não tivesse sido como eu queria, foi um livro espetacular. Eu o leria de novo e de novo e de novo e derramaria as mesmas centenas de lágrimas que derramei ontem quando o terminei. 
Enfim, esse livreo estará no topo da minha lista de preferidos... de verdade.



Sinopse - por www.skoob.com.br

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.

Um comentário:

  1. nem li o fim que vc colocou...kkkk vai que eu leio... prefiro não ler nadinha...rsrsrsrs
    mas pelo que contou do livro... me faz lembrar de algum filme...

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Ana Paula