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terça-feira, 29 de maio de 2018

Vidas Provisórias - Edney Silvestre

Não sei como denominar essa leitura... acho que tenho dificuldades imensas com leituras não habituais. Ja aconteceu isso com outros livros, as leituras se arrastam, só finalizo porque não consigo abandonar as leituras sem concluí-las,e sei que no fim das contas me surpreendo, mas de uma maneira geral fico com raiva por não desistir quando tantos outros livros me esperam .

Esse não achei de todo ruim, acho que quando finalizei, ate gostei do que aconteceu com Barbara, e esperava que Paulo tivesse um ¨final ¨ um pouco mais ¨feliz ¨depois de tudo o que passou.

Edney nos conta a historia de duas vidas, bem provisórias a principio, mas que vão se delineando de forma que deixem de ser provisórias.

Começamos com Nelson /Paulo no ano de 1974 ja em Estocolmo e sua namorada muito Sueca, Anna. Paulo sai do Brasil deportado durante a ditadura militar. Depois de ser mandado pro Chile e ter problemas muito sérios pra dormir, pra confiar, pra recomeçar a vida, ele finalmente se firma na vida na Europa. Achei ele muito sofrido mas muito raso, queria que ele fosse mais de atitude e menos de drama. Comecei a gostar dele quando o livro ja estava quase no fim, quando ele fala com muito carinho sobre Edward e Joseph.

Então estamos tambem em 1991, em Atlanta, once começamos a conhecer a historia de Barbara. A quieta e medrosa Barbara. Muito reticente à tudo e a todos, mas que muitas vezes me vi rindo com ela e as patroas que a empregam. Suzana e  Wanda me fizeram rir da forma como elas falavam com Barbara. Fico pensando o que deva ser para um menina, com então 17 anos sair do seu país, para se aventurar ilegalmente num país onde não conhece ninguem, não fala o mesmo idioma, e principalmente, quando a unica pessoa que ela conhece, simplesmente desaparece da face da terra.

A cada capítulo, vamos acompanhando o que a vida de cada um deles se tornará. Cada um à usa época lutando pra ter um futuro melhor, lutando pra que o passado, fique realmente no passado.

Ai terminamos com Paulo no Ano 2000, falando pra sua amada Anna ( ai não gostei nada dele, o cara quis uma coisa, conseguiu e depois se afastou, como ele mesmo diz pra Anna, somos a familia unida mais separada da historia, ou somos a familia separada mais unida da historia... Escolhas my lord, escolhas... E Barbara, em Dezembro de 2001, depois de tanto ter sofrido, finalmente parece que sua vida esta ajeitada, e ali, no final daquele ano, de uma certa maneira, a vida de Paulo e Barbara vão se criuzar.. Dessa parte eu gostei, de verdade..

Então por tudo, não foi uma leitura ruim, claro que não, mas não imaginava que seria dessa forma, e nem que minha expectativa fosse tal que me deixasse meio de bode... mas preciso aprender e muito a parar de criar expectativas para com esses meus livros viu kkkkk.









Sinopse : skoob.com.br

Expatriados, separados no tempo e na geografia, Paulo e Barbara compartilham, além da experiência do exílio, o estranhamento pela perda de suas identidades, o isolamento e a sensação de interrupção do curso normal de suas vidas. Diferentes motivos os levam ao estrangeiro. Em 1970, Paulo, perseguido pela ditadura militar, é preso, torturado e abandonado sem documentação na fronteira, de onde segue para o Chile e depois para a Suécia. Barbara, com uma identidade falsa, deixa o país para trás em 1991 - durante o governo Collor -, fugindo de um rastro de violência, e se instala nos Estados Unidos como imigrante ilegal.

Na Suécia, Paulo se apaixona por Anna, militante da Anistia Internacional, com quem forma uma família. Mas é perseguido pelas lembranças dos sofrimentos que viveu e por uma sombra em seu passado. Nos Estados Unidos, Barbara, ainda adolescente, sobrevive de faxinas e serviços de manicure, abandonando seus sonhos de entrar para a universidade e conhecer o mundo. Sem falar inglês, sob o medo constante de ser desmascarada, ela convive com uma rede de prostitutas brasileiras e esconde uma paixão impossível. Satisfaz-se em ser mais um rosto anônimo e estrangeiro na multidão, sem se integrar ao país que escolheu habitar.

Em seu terceiro romance, Edney Silvestre cria um vigoroso retrato das transformações que ocorreram no país e no mundo nos últimos quarenta anos, com uma trama que viaja pelo Chile, Suécia, Estados Unidos, França e Iraque. O autor se vale, com sensibilidade, de sua experiência de onze anos como correspondente baseado em Nova York para revelar o universo dos imigrantes e, ao mesmo tempo, recriar de forma contundente um Brasil visto a distância.

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Ana Paula