O Perfume da Folha de Chá - Dinah Jefferies

Sabe aquele livro que voce não consegue decidir se gostou, ou se detestou. Que te deixa nervosa do começo ao fim, que te faz querer sacudir a mocinha 99,9% do tempo... pelamor de Deus gente.... eu detestei, de morte essa mocinha. Achei ela uma idiota, molenga, fiquei com tanta raiva dela que o livro foi me dando um ranço, que eu quis largar, juro...mas a curiosidade venceu, e acabei lendo ate o final.

Ta, quando eu terminei, não detestei tanto assim a historia, mas não achei o livro sensacional.

A autora dividiu essa historia em 4 partes ( 1 - A Nova Vida; 2 - O Segredo; 3- O Sofrimento e 4 A verdade. )

Então temos Gwendolyn indo para o Ceilão, saindo da Europa tradicional, Inglaterra, Escócia, para começar um a nova vida ao lado de Laurence, seu marido. Muito jovem, numa época onde tudo era feio, vergonhoso, e ser pudica, casta, moderada era o must da época. Quando chega,  muito jovem a fazenda de produção de chá do seu marido, Gwen tem muitas esperanças, muita fantasia na cabeça sobre sua nova vida, de que todas suas expectativas serão realizadas. Aos poucos ela vai caindo na real e vendo que ela pode e será feliz ao lado do homem que a ama, e que ela ama, mas que não será nada fácil. 

Ai começamos a segunda fase, a porraaaa do segredo. Gente pra mim segredo não pode afetar o outro. um segredo que é seu, é seu, mas quando o outro, seja quem for esse outro, se ele pode ser afetado, se o curso da vida do outro mudará drasticamente, então conteeeeeee pro outro e deixe que ele decida o que fazer. Essa parte do segredo pra mim foi angustiante. E ainda pra completar aquele insuportável da Verity, mulherrrrr chata, eu tinha vontade de bater no Laurence por conta da Verity. Com o sofrimento eu amarguei mais um pouco de angustia. Agora com a verdade eu quis, genuinamente matar a Gwen. Tinha hora que eu queria largar o livro, pensava, quer saber, eu não preciso passar esse stress todo não... ahhhh  mulher mole demais gente, pelamor viu.

Um livro que fala sobre preconceito racial abertamente, sobre posturas e costumes que a sociedade impõe, e que a gente ¨tem que seguir¨ pra se sentir inserida no meio... mesmo que essa inserção seja à custa de muito sofrimento, E o principal, o que essa historia nos mostra, é que a comunicação é uma arma poderosa pra se conviver com outras pessoas. Não imagine o que o outro pensa, pergunte pra ele, não deduza que ele pode te julgar, conte à ele. O silêncio e a falta de conversa da Gwen com o marido, a levou a ter uma vida com muitas privações e isso sim foi doido.

E quando o ultimo capitulo chegou, ai eu chorei...por que???... porque Gwen descobriu que ela poderia ter se poupado de todo o sofrimento que viveu. Mas que no fim das contas ela ate teve uma certa razão de agir como agiu, mesmo que eu não concorde e não acho que justifique. Ja mais madura, quando ela finalmente se explica do porque de sua atitude, ela se faz entender claramente.

Então por tudo por tudo, esperava mais, dei 3 estrelas, porque fui realmente generosa e é uma boa historia, mas só isso. Não leria de novo.

Sinopse : www.skoob.com.br 

Um homem atormentado por seu passado. Uma mulher diante da escolha mais terrível de sua vida.

Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império.

Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos.

Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.