Então.... não sei dizer em que nivel esse livro me desagradou, eu gostei de ter lido, mas não achei sensacional como muitos acham. Vou tentar focar mais no que gostei do que no contrario rrss
O que mais me cativou nessa leitura foi a escrita do Jorge Amado. Falei em alguns historicos do Skoob que ler esse livro me lembrou muito minha avó, que era baiana e usava muitos dos termos que li aqui, e isso me fez sentir aquela saudade da veinha que ja não ta mais entre nós, então só por isso eu ja fiquei muito feliz
Mas a historia, ou historias em si não me fizeram suspirar de amor pelo conteudo desse livro. Teve um unico conto ( O do Carrossel que me fez ficar de coração apertado, mas só esse ). E claro quando no final vamos lendo o que vai acontecendo com cada um dos integrantes dos Capitães de Areia
O livro foi escrito em 1937, foi proibido em alguns momentos da nossa historia porque sim, mais real e atual impossivel e ninguem quer que alguem aponte o dedo pros defeitos que estão debaixo dos nossos narizes, e aqui a incompetência do estado, dos órgãos publicos ficam muito evidente.
E justamente enquanto tava lendo esse livro, vi uma historia de um menino de 12 anos, pobre, que tinha perdido a mãe pra uma doença terminal, chorando, contando sua historia pra se tornar barbeiro, que queria estudar, mas que ninguem cortava cabelo com ele por ser muito menino, então um barbeiro adulto viu e se comoveu com seu esforço, sua historia e proporcionou material, cursos pra esse menino de 12 anos, que nesse momento precisava ser criança, assim como os Capitães de Areia, mas tava querendo ser honesto, trabalhador, se esforçar pra dar orgulho pros pais ( a mãe morta e o pai ainda vivo e trabalhador ). Então acho que essa historia me deixou mais comovida do que a dos meninos daqui.
Não to desdenhando, menosprezando porque afinal quem de nós não sabe o que acontece com esses meninos, abandonados pela familia, excluidos pela sociedade, que muitos deles só querem amor , atenção, carinho, mas o que me incomoda e que esse ¨jeito menos dificil ¨e lidar com as coisas.
Quando terminei o ultimo conto, e fui ler o Posfácio do Milton Hatum, pensei, é exatamente isso, não sei se todas as edições tem esse Posfacio, mas pra minha sorte, essa minha edição tem, e concordo muito com o que ele escreveu ali, então vou parar por aqui, e deixar que cada um que ler, tire suas próprias conclusões, afinal a beleza da literatura é essa né.
Sinopse : www.skoob.com.br
Capitães da Areia, a história crua e comovente de meninos pobres que moram num trapiche abandonado em Salvador, é talvez o romance mais influente de Jorge Amado. Clássico absoluto dos livros sobre a infância abandonada, assombrou e encantou várias gerações de leitores e permanece hoje tão atual quanto na época em que foi escrito.
Desde o seu lançamento, em 1937, Capitães da Areia causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes.
Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente da sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.
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Ana Paula